GLAUCOMA

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GLAUCOMA

O glaucoma é uma a segunda causa de cegueira no mundo, perdendo apenas para a catarata. Mas diferentemente desta última, causa uma perda de visão irreversível.

É uma doença muito perigosa, pois evolui de maneira insidiosa e sem o paciente se dar conta.

O que é glaucoma?

O que é glaucoma?

É um grupo de doenças originadas a partir da lesão no nervo óptico, este é responsável por encaminhar ao cérebro as informações visuais. Quando esse nervo é prejudicado, a capacidade de enxergar da pessoa é comprometida.

O glaucoma afeta o nervo óptico com o passar do tempo, causando um aumento da sua escavação (porção central do nervo), com consequente perda do campo de visão pelo paciente.

Essa lesão ao nervo óptico geralmente está associado ao aumento da pressão intraocular.

Mas o que é pressão intraocular?

A pressão intraocular é o resultado da relação entre a produção e a drenagem do humor aquoso (líquido que preenche o olho).

O humor aquoso é produzido pelo corpo ciliar (localizada atrás da parte colorida do olho) e drenado pela malha trabecular (localizado no ângulo do olho).

A pressão considerada normal na população varia entre 10 e 21 mmHg.

Quais os tipos de Glaucoma?

O equívoco de pensar que existe apenas um tipo de glaucoma é bem comum. Na verdade existem 4 tipos principais.

GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO FECHADO

Está associado a presença de um estreitamento no local de drenagem do humor aquoso. Ou seja, a malha trabecular é funcional, mas está obstruída (ângulo fechado). Esses pacientes podem apresentar elevações da pressão intraocular de forma crônica – Glaucoma de Ângulo Fechado ou de forma aguda e súbita – Glaucoma Agudo.

GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO

Tipo de glaucoma mais comum. Esta associado a um aumento gradativo da pressão ocular, devido a uma dificuldade de drenagem do humor aquoso por mal funcionamento da malha trabecular (região de drenagem olho).

GLAUCOMA CONGÊNITO

Esse é bastante raro e decorre de um problema presente ao nascimento.

GLAUCOMA SECUNDÁRIO

Esse tipo está associado a outros fatores externos ao olho. Pode ocorrer em razão de doenças oculares (catarata, retinopatia diabética, oclusões de veia retiniana e uveíte), uso de medicamentos (corticoides) e mesmo devido a traumas.

Quais os sintomas do glaucoma?

GLAUCOMA CRÔNICO

Um dos principais sintomas é a perda do campo de visão periférico, sem perda da visão central. A lesão começa de maneira amena e lentamente progressiva, o que o torna difícil de ser percebido pelo paciente. Geralmente nessa fase, você não tem queixas de alteração na visão. Mas esses danos já podem ser mais facilmente identificáveis por exames.

Muitos indivíduos acometidos pelo glaucoma só percebem o problema quando ficam com a “visão tubular”. Nesses casos, apenas a visão central funciona corretamente. É uma sensação geralmente descrita como se houvesse um tubo na frente dos olhos. Nessa fase da doença, o indivíduo comece a tropeçar, esbarrar em objetos e sentir um agravamento na qualidade da visão à noite.

Na fase avançada da doença, a perda de visão progredi para região central, o que leva a perdas graves da visão e até cegueira.

Por esse motivo, ele é conhecido como o “ladrão silencioso” da visão.

GLAUCOMA AGUDO

Esse se manifesta com dor forte em um dos olhos, vermelhidão, náuseas e vômitos, visão embaçada e dor de cabeça.

GLAUCOMA CONGÊNITO

Os sinais de alerta são crianças nos primeiros meses de vida com olhos vermelhos, lacrimejamento excessivo, aumento do tamanho de um ou de ambos os olhos e sensibilidade excessiva à luz.

Quais os principais marcadores de risco para Glaucoma?

O principal fator de risco para o desenvolvimento do glaucoma é a pressão intraocular elevada.

A partir dos 40 anos, as pessoas ficam mais propensas a sofrerem de glaucoma e esse risco aumenta ainda mais após os 60 anos. Frente a isso, com 35 anos de idade ou mais, já é altamente recomendável fazer consultas preventivas anuais com o oftalmologista, sobretudo se houver histórico familiar de glaucoma.

A genética é mais um fator, principalmente no glaucoma crônico, em razão disso, se você tem casos da doença na família, é fundamental efetuar o acompanhamento de sua pressão intraocular de forma regular e com os exames oftalmológicos adequados.

Por que o diagnóstico precoce é essencial?

O diagnóstico precoce é a forma mais eficaz de impedir a sua evolução e evitar problemas mais graves.

A lesão do glaucoma no olho é irreversível, ou seja, o tratamento tem o objetivo de estabilizar a doença e evitar a sua progressão. Quando a descoberta do glaucoma é tardia, é provável que ele já esteja em estágio avançado, na qual não há mais possibilidade de recuperação da visão.

Como é feito o diagnóstico da doença?

Consulta regular com o oftalmologista, principalmente para pessoas com histórico familiar de glaucoma ou outros problemas no olho, é a forma mais indicada para identificar a doença precocemente. Vale lembrar que ela não apresenta sintomas na fase inicial.

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O diagnóstico do glaucoma se inicia com consulta com oftalmologista, na qual será realizado a medida da pressão intraocular e o exame do fundo de olho para avaliar o nervo óptico (a estrutura mais afetada pelo glaucoma).

Os exames indicados para completar o diagnóstico são:

– Mapeamento de retina

– Campimetria

– ​Retinografia de disco óptico

– Teste de Sobrecarga Hídrica

– Gonioscopia

– OCT de Disco Óptico

Como é o tratamento do Glaucoma?

A importância dos colírios no tratamento do glaucoma - Glaucoma

De maneira geral, a finalidade do tratamento é reduzir a pressão intraocular.

Pacientes com glaucoma crônico normalmente são tratados inicialmente com colírios. O colírio atua diminuindo a produção ou aumentando a drenagem do humor aquoso — o que vai provocar a redução da pressão intraocular.

Em casos que é detectado a progressão da doença apesar do uso de colírios, há possibilidade de tratamento cirúrgico.

Nos casos de glaucomas agudos, o tratamento é uma emergência médica. Nesses casos são utilizados colírios, comprimidos e medicações endovenosas para diminuir a pressão intraocular.

Qual a forma certa de usar os colírios?

Lave as mãos antes de aplicar o colírio.

Tenha cuidado de não tocar o olho ou os cílios com a ponta do aplicador.

Se for aplicar diferentes tipos de colírio no mesmo olho, espere pelo menos 10 minutos entre a aplicação dos colírios para que a segunda gota não elimine a primeira.

Você perceberá que a medicação atinge o seu olho adequadamente. Caso isto não aconteça, coloque mais uma gota.

Mantenha os olhos fechados durante 1 a 2 minutos para permitir que a medicação seja absorvida.

Use um lenço de papel para retirar o excesso de colírio.

Você pode sentir leve ardência nos olhos, mas a sensação passará em segundos. Não deixe de usar o colírio por esse motivo.

Como saber se o glaucoma está progredindo apesar do tratamento?

Para avaliar o controle e identificar a piora do glaucoma apesar do tratamento é indispensável o acompanhamento regular com seu oftalmologista.

Os exames básicos para avaliar a progressão do glaucoma são:

Exame do fundo de olho/Retinografia Colorida: com eles conseguimos uma avaliação detalhada do disco óptico e podemos identificar o aumento e/ou perdas focais da escavação do disco óptico.

Campimetria: exame que avalia a perda de campo visual periférico de forma minuciosa. Nele é possível avaliar perdas de visão que você não percebe no dia-a-dia.

Teste de Sobrecarga Hídrica: com esse exames conseguimos avaliar flutuações da pressão intraocular que não são identificadas de rotina na consulta.

Quais são as cirurgias do Glaucoma?

Cirurgia para Glaucoma em Belo Horizonte – NEO – Oftalmologista em BH

A cirurgia de glaucoma geralmente está indicada apenas em último caso, quando a pressão ocular não reduz com o uso de colírios e o glaucoma continua progredindo.

A cirurgia também está indicada em casos de intolerância aos colírios, ou seja, em casos em que o paciente apresenta alergia ou não consegue usar os colírios de forma adequada.

O objetivo da cirurgia de glaucoma não é recuperar a visão perdida, mas sim evitar que o paciente perca ainda mais seu campo de visão.

LASER

A Iridotomia Periférica (YAG Laser) é indicada para pacientes com ângulo fechado (diagnosticado pelo exame de gonioscopia). Esse procedimento é destinado ao tratamento e prevenção de glaucoma de ângulo fechado e prevenção de crises de glaucoma agudo. Com ele é criado uma pequena abertura periférica na íris para que líquido passe livremente da câmara posterior para a câmara anterior.

A Trabeculoplastia Seletiva a Laser (SLT) é indicada para  glaucomas de ângulo aberto. Seu objetivo é aumentar a drenagem do humor aquoso. Pode ser indicada como tratamento inicial em pacientes que não desejam usar colírios ou como terapia adicional em pacientes que já estão em uso de colírios de glaucoma sem controle adequado da pressão intraocular.

Ambas são consideradas opções terapêuticas pouco invasivas, realizadas no consultórios e não exigem internação.

TRABECULECTOMIA

É a cirurgia mais comum para o glaucoma. Nela é criado um novo caminho para a drenagem do líquido do olho (humor aquoso). Esse líquido é desviado para uma bolsa na parte mais superficial do olho, chamada de bolha filtrante. Dessa forma, a pressão intraocular é reduzida, pois o líquido que está em excesso dentro do olho é desviado para uma região mais externa.

ESCLERECTOMIA PROFUNDA NÃO PENETRANTE

Esta cirurgia é semelhante à Trabeculectomia, pois nela também construímos uma comunicação e uma bolsa filtrante para o líquido ocular. A principal diferença entre as duas técnicas é que na Esclerectomia Profunda não Penetrante, o olho não é aberto completamente. Preserva-se uma fina membrana, por onde ocorre a passagem do humor aquoso. Além disso, nesta cirurgia não realizamos a chamada iridectomia, um pequeno corte na íris, que é necessária na trabeculectomia. Essa é uma técnica mais delicada e menos invasiva em que observamos menores taxas de complicações no pós operatório.

IMPLANTE DE TUBOS VALVULARES (AHMED)

Em alguns tipos de glaucoma as cirurgias filtrantes (trabeculectomia e esclerectomia profunda não penetrante) não apresentam bons resultados. Nesses casos, há a necessidade de implantar um tubo que drena o líquido do olho. Este tubo é posicionado de forma a comunicar a parte interna do olho com uma região mais externa. O líquido em excesso passa por esse tubo, é armazenado e reabsorvido em outra região do olho, abaixando assim a pressão ocular. O modelo de tubo mais utilizado é o implante valvular de Ahmed. Ele possui uma válvula que controla a passagem do líquido de dentro do olho para a região mais superficial.

CICLOFOTOCOAGULAÇÃO A LASER

Esse procedimento também é reservado para casos de glaucoma de difícil controle. O objetivo principal é a aplicação de um laser para destruição do local onde é produzido o líquido do olho. É como se fechássemos um pouco a torneira que produz o líquido para diminuir sua quantidade e, consequentemente, diminuir a pressão intraocular. É uma cirurgia de glaucoma mais invasiva que reservamos para casos complicados e em pacientes que já realizaram outras cirurgias.

Quais os cuidados após as cirurgias de glaucoma?

É fundamental retornar no dia seguinte da cirurgia e regularmente conforme a orientação do seu oftalmologista. Geralmente é realizado a medida da pressão intraocular no mínimo uma vez por semana durante o primeiro mês após a cirurgia.

É prescrito colírios anti-inflamatórios e antibióticos após a cirurgia. Quanto mais rigoroso for o uso dos colírios conforme a orientação do seu oftalmologista, melhor será a recuperação e o resultado da cirurgia.

Após a cirurgia é necessário repouso principalmente nos 15 primeiros dias. Durante esse período, é recomendado evitar carregar peso, coçar, apertar os olhos e fazer atividades físicas. Não há problema em assistir televisão, ler ou usar o computador após a cirurgia. Assim que o paciente estiver enxergando com nitidez e se sentindo seguro, já poderá voltar a dirigir. Não há restrições alimentares.

As Cirurgias de Glaucoma são procedimentos que exigem um acompanhamento oftalmológico muito longo. Apenas o acompanhamento rigoroso no pós operatório que garantirá o bom funcionamento da cirurgia.

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